quinta-feira, 24 de junho de 2010

PRATICAS ESPACIAIS

As práticas espaciais Sendo constantemente alterado pelo trabalho humano, o espaço geográfico sofre intensas ações denominadas Práticas Espaciais. Vejamos, a seguir, as principais práticas que promovem alterações na organização e produção do espaço geográfico.
.
Seletividade espaciala instalação de uma fábrica, de um estabelecimento comercial (supermercado, por exemplo) ou até mesmo o cultivo de uma área agrícola, exigem um conjunto de condições favoráveis para o seu desenvolvimento. Assim, os empreendimentos que são promovidos no espaço geográfico são fruto de uma seletividade.

. Marginalização espacialocorre quando uma área entra em crise ou declínio condicionado por algum fato de ordem econômica, social ou política. Por exemplo, a crise no setor agrícola cearense gera marginalização espacial nos municípios dependentes desta atividade econômica.

. Agregaçãodesagregação – remembramento espacial – o espaço geográfico sofre constantes divisões políticoadministrativas, além de fusões e desagregações entre empresas. Assim, novos estados, municípios, países e empresas são criados, resultantes da fragmentação de outros, ou então ocorre o contrário: fusões entre empresas (AmBev), países (RDA e RFA= Alemanha atual) etc.
.
Reprodução espacial da região produtora ocorre quando algum empreendimento procura garantir, a longo prazo, suas condições de atuação. Neste caso, vejamos o que aconteceu com a multinacional alemã do setor farmacêutico MERCK DO BRASIL LTDA: procurando garantir matéria-prima para a produção de certos medicamentos, através da extração de folhas do jaborandi na Floresta Amazônica, no oeste do Maranhão e sabendo que esta planta está ameaçada de extinção, por conta da sua ininterrupta exploração, a empresa tem investido maciçamente na plantação do jaborandi, garantindo desta maneira, para o futuro, os seus negócios no setor.

. Antecipação espacial – geralmente essa prática se dá quando os investimentos são antecipados visando uma exploração futura do poder público, objetivando a valorização do imóvel. Por exemplo, o investidor adquire um terreno teoricamente sem valor elevado por falta de infraestrutura, posteriormente ele explora o poder público obrigando que o mesmo faça investimentos na área, alterando assim a valorização do imóvel.




quarta-feira, 23 de junho de 2010

geomorfologia do Maranhão

As informações aqui postadas não foram pesquisadas por mim apenas encontrei na web ,achei interessante e resolvi posar aqui no meu blogger.



Juçara, buriti, bacaba, carnaúba, babaçu... O Maranhão é conhecido como "terra das palmeiras", cognome que lhe foi dado por Fróis de Abreu, num livro de 1931, mas já em 1614 Claude d'Abbeville gabava: "É um verdadeiro jardim de palmeiras." E Gonçalves Dias suspirava, na "Canção do exílio": "Minha terra tem palmeiras..."

O estado do Maranhão situa-se na região Nordeste, onde ocupa uma área de 333.366km2. Localizado na área de transição entre o Nordeste e a Amazônia, limita-se ao norte com o oceano Atlântico, a oeste com o Pará, a sudoeste com o Tocantins, e a sudeste e a leste com o Piauí. O Maranhão apresenta as mais diversas características morfológicas, desde a mata amazônica e a caatinga nordestina até a área considerada o único deserto brasileiro, o Parque Nacional de Lençóis Maranhenses -- mais de 200km2 de dunas de areia branca e lagoas de água doce, que se evaporam no período da seca.

Geografia física

Geologia e relevo

De relevo plano, o Maranhão tem 75% do território abaixo de 200m de altura e apenas dez por cento acima de 300m. O quadro geomorfológico é composto por duas unidades: a baixada litorânea e o planalto. Domina na baixada um relevo de colinas e tabuleiros, talhados em arenitos da série Barreiras. Em certas partes do litoral, inclusive na ilha de São Luís, situada no centro do chamado golfão maranhense, esse relevo chega até a linha da costa. Em outras, fica separado do mar por uma faixa de terrenos baixos e planos, sujeita a inundações no período das chuvas. É a planície litorânea propriamente dita, que no fundo do golfão toma o nome de Perises. A leste do golfão maranhense, esses terrenos assumem o caráter de amplos areais com formações de dunas, que integram a costa dos Lençóis, até a baía de Tutóia.

O planalto ocupa todo o interior do estado com um relevo tabular

Apresenta feição de um conjunto de chapadões talhados em terrenos sedimentares (arenitos xistosos e folhelhos). Nas proximidades do golfão maranhense as elevações alcançam apenas 150 a 200m de altura; mais para o sul, 300 a 400m; e nas proximidades do divisor de águas, entre as bacias do Parnaíba e Tocantins, atingem 600m. Os vales do planalto separam os chapadões uns dos outros por meio de entalhes profundos, e por essa razão os chapadões apresentam escarpas abruptas em contraste com o topo regular.

Clima

Ocorrem no Maranhão três tipos de clima: o tropical superúmido de monção, o tropical com chuvas de outono e o tropical com chuvas de verão. Os três apresentam regimes térmicos semelhantes, com médias anuais elevadas, que variam em torno de 26o C, mas diferem quanto ao comportamento pluviométrico. O primeiro tipo, dominante na parte ocidental do estado, apresenta os totais mais elevados (cerca de 2.000mm anuais); os outros dois apresentam pluviosidade mais reduzida (de 1.250 a 1.500mm anuais) e estação seca bem marcada, e diferem entre si, como seu próprio nome indica, pela época de ocorrência das chuvas.

Vegetação. Uma vegetação de floresta, campos e cerrados reveste o território maranhense. As florestas ocupam toda a porção noroeste do estado, ou seja, a maior parte da área situada a oeste do rio Itapecuru. Nessas matas ocorre com grande abundância a palmeira do babaçu, produto básico da economia extrativa local. Os campos dominam em torno do golfão maranhense e no litoral ocidental. Os cerrados recobrem as regiões oriental e meridional. Na faixa litorânea, a vegetação assume feições variadas: campos inundáveis, manguezais, formações arbustivas.

Hidrografia. Quase toda a drenagem do estado se faz de sul para norte através de numerosos rios independentes que se dirigem para o Atlântico: Gurupi, Turiaçu, Pindaré, Mearim, Itapecuru e Parnaíba. A sudoeste do estado uma pequena parte do escoamento se faz em direção a oeste. Integram-na pequenos afluentes da margem direita do Tocantins.

População

No centro-norte do estado -- em toda a região situada em torno do golfão maranhense e ao sul deste (vales dos rios Pindaré, Mearim, Grajaú e Itapecuru) -- registram-se as mais elevadas densidades demográficas. No restante do estado o povoamento é escasso. É forte a proporção de negros e mulatos, além de remanescentes indígenas dos grupos tupis e jês.

Com exceção do extremo ocidental do estado, que pertence à área de influência de Belém, todo o território maranhense é parte integrante da região polarizada por Recife. A ação econômica da metrópole pernambucana se exerce no Maranhão por intermédio de São Luís, para a maior parte do território estadual, e de Teresina, capital do Piauí, para alguns municípios situados junto à divisa com esse estado.

O índice de urbanização do Maranhão é baixo, com cerca de um terço da população nas áreas urbanas. À capital do estado, São Luís, seguem-se em importância Imperatriz, Caxias, Codó e Bacabal. Os demais centros urbanos são modestos: Santa Luzia, Barra do Corda, Timon, Pedreiras, Monção, Açailândia, Santa Inês, Coroatá, Penalva são os de maior população.

Economia

Agricultura e pecuária. A principal região econômica do Maranhão é o centro-norte, onde se localizam os vales dos rios Pindaré, Mearim e Itapecuru. Ali se concentra a maior parte das atividades agrícolas, pastoris e extrativas do estado. O vale do Itapecuru foi ocupado nos séculos XVIII e XIX pela cultura algodoeira. Na segunda metade do século XX, passou a dominar nessa região a cultura do arroz, secundada pela do milho, da mandioca, do feijão e do algodão arbóreo. Além de principal produtor de arroz do estado, o vale do Itapecuru é também o maior produtor de coco de babaçu e tem o segundo rebanho bovino do estado. Imigrantes nordestinos que repovoaram os sertões do Mearim e do Pindaré, e também o caboclo maranhense, dedicaram-se à rizicultura com tal afinco que logo a produção passou da casa dos milhares para a dos milhões de sacas, e o arroz voltou a ser exportado para o resto do país.

Os vales dos rios Mearim e Pindaré constituem áreas de ocupação mais recente que a do Itapecuru. Para lá acorreram migrantes do próprio Maranhão e provenientes de outros estados nordestinos. A economia dessa região baseia-se nas culturas de milho e arroz e na extração do coco de babaçu. Ainda na região centro-norte encontram-se os campos de Perises, principal área criatória do estado.

No restante do estado desenvolvem-se as mesmas atividades do centro-norte, só que em escala mais reduzida. A atividade agrícola quase sempre se restringe a culturas de subsistência. O principal produto vegetal do Maranhão é o babaçu, empregado na fabricação de um óleo finíssimo, comestível e de alto valor industrial, como lubrificante e combustível, ou como insumo para a saboaria. A torta, resíduo da extração do óleo, é transformada em farelo para alimentação do gado bovino e suíno, ou usada como adubo nitrogenado. As cascas do coco dão um ótimo carvão, com elevado teor de carbono, utilizado como redutor de minério. Por um processo de destilação físico-química, as cascas produzem também alcatrão, acetatos, ácido acético e álcool.

Energia e mineração. A oferta de energia do estado provém basicamente da usina de Boa Esperança, com 105.000kW de potência instalada. Localizada no rio Parnaíba, no estado do Piauí, próximo à fronteira com o Maranhão, essa usina substituiu integralmente as usinas termelétricas em atividade até a década de 1970. A disponibilidade de energia no estado aumentou com a entrada em operação da usina de Tucuruí, no estado do Pará.

As principais atividades extrativas do Maranhão são a exploração de sal marinho e o garimpo de ouro e diamantes, na região do baixo rio Gurupi.

Indústria. Na década de 1980, foi inaugurado no Distrito Industrial de São Luís a fábrica de alumínio da Alcoa, com capitais americanos e anglo-holandeses. O projeto foi implantado para operar com a bauxita trazida das margens do rio Trombetas, no Pará, a uma distância de 1.8OOkm. Na zona do Parnaíba, o empreendimento industrial de maior porte é a Cepalma -- Celulose e Papéis do Maranhão S.A.

Transportes e comunicações. O estado possui apenas uma linha férrea, a Maranhão-Piauí, que na maior parte de seu percurso segue o rio Itapecuru, aproximadamente o mesmo percurso seguido pela principal rodovia. O território maranhense é cortado pela Belém-Brasília, que passa pela cidade de Imperatriz; e pela Transamazônica, no trecho Floriano PI-Porto Franco MA.

Cultura

Acervo histórico e arquitetônico. O Maranhão possui grande número de monumentos históricos e arquitetônicos, muitos tombados por lei federal, como o conjunto arquitetônico e paisagístico da cidade de Alcântara e, na capital, da praça Gonçalves Dias, da praça João Francisco Lisboa, do largo fronteiro à igreja de S. José do Desterro; a fonte do Ribeirão; o retábulo do altar-mor da catedral de Nossa Senhora da Vitória; a capela de São José e o portão da quinta das Laranjeiras; e o sambaqui do Pindaí.

Outros monumentos importantes são, na capital, a pirâmide do Bequimão, a pedra da Memória, homenagem à coroação de D. Pedro II, as casas onde moraram os escritores maranhenses Graça Aranha, Artur Azevedo e Aluízio de Azevedo, as estátuas de João Francisco Lisboa e Gonçalves Dias, o palácio dos Leões, o palácio Arquiepiscopal e o Centro Histórico da praia Grande. Em Alcântara, além dos numerosos sobrados coloniais de azulejos portugueses, há a praça Gomes de Castro, o Farol e o forte de S. Sebastião. Em Caxias, a antiga fábrica de tecelagem, transformada em centro cultural, e as ruínas da época da balaiada, no morro de Alecrim.

Museus. São Luís abriga vários museus, como o de Artes Visuais, com trabalhos de artistas plásticos maranhenses e azulejaria européia do século XIX; o de Arte Sacra; o da Cafua dos Mercês, antigo mercado de escravos; e o Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Em Alcântara, há um museu de arte sacra, com imagens e mobiliário dos séculos XVIII e XIX, e o Museu do Folclore, com imagens e estandartes usados na festa do Divino.

Turismo. A bela arquitetura colonial de São Luís e de Alcântara, a variedade de restaurantes típicos, a beleza das praias, o belo artesanato, os diversos parques nacionais e estaduais e a moderna rede de hotéis concorrem para tornar o Maranhão um dos estados brasileiros de maior potencialidade turística. Além disso, tanto a capital como as cidades de Alcântara e Caxias apresentam um atraente calendário de eventos. A Festa do Divino, realizada entre maio e junho em Alcântara, é famosa em todo o Brasil; em junho realiza-se a festa folclórica Tambor da Crioula, as festas juninas e o bumba-meu-boi.

Autoria: Rosane Freitas Frangilo

Maranhão - Cola da Web

Maranhão - Cola da Web