sexta-feira, 6 de julho de 2012

As revoluções industriais


Primeira Revolução Industrial.
A revolução no modo de produzir teve início na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e ficou conhecida como Primeira Revolução Industrial. O destaque nesse período foi a indústria têxtil.
A partir da Primeira Revolução Industrial, o desenvolvimento científico e tecnológico foi acompanhado de grandes transformações não só na produção de bens, mas também nos transportes, nas comunicações, nas relações sociais  e nas relações entre os seres humanos e a natureza.
Segunda Revolução Industrial.
 A  partir da segunda metade do século XIX, a industrialização expandiu-se para França, Alemanha, Rússia, Japão e Estados Unidos, ameaçando a hegemonia inglesa. Iniciava-se ima nova fase da produção industrial, que ficou conhecida como Segunda Revolução Industrial.
A nova etapa da industrialização caracterizou-se pelo domínio de eletricidade, pela invenção do motor a combustão, do automóvel,do telefone e do telegrafo, inovações tecnológicas que possibilitaram um grande aumento da produção industrial.
Na Segunda Revolução Industrial, o carvão mineral foi aos poucos sendo substituído pelo petróleo, que se tornou a fonte de energia mais usada no mundo. As indústrias petroquímicas, siderúrgicas e automobilísticas superaram em importância a industria têxtil. O minério de ferro, o aço e o petróleo tornaram-se mais importantes que as matérias-primas têxteis(algodão, lã etc.) 
A especialização do trabalhador ampliou-se ainda mais com a criação da linha de montagem, na qual cada operário realiza uma tarefa especifica.
Terceira revolução industrial
A parti da década de 1970,o desenvolvimento de eletrônica e o surgimento da informática possibilitaram a introdução de novas técnicas de produção. Iniciou-se,assim, uma nova fase da industria, conhecida como Terceira Revolução Industrial.
A Terceira Revolução Industrial caracteriza-se pela grande importância da tecnologia avançada ou de ponta, presentes em muitas industrias, e pelo uso do silício,mineral empregado na fabricação de placas de computador. Nas fabricas, é cada vez maior a robotização, isto é, o uso de robôs no lugar da mão de obra humana. Os robôs executam tarefas repetitivas, perigosas ou de precisão, em ambientes quentes,sem ar ou muitos escuros,sem correr o risco de adquirir doenças ou de sofrer acidentes.
É também nessa fase da indústria que se destaca o desenvolvimento das telecomunicações e da biotecnologia, sobretudo a engenharia genética.
Na Terceira Revolução Industrial, buscam-se fontes alternativas de energia, como a solar , a eólica e a de origem orgânica, em substituição ao ainda e importante e indispensável petróleo.
Apesar de toda a sua evolução e expansão, desde que se desenvolveu  na Inglaterra, no século XVIII, a industria é uma atividade bastante concentrada em algumas regiões do mundo.
A parti das ultimas décadas do século XX, muitas indústrias dos países ricos passaram a transferir partes de suas fabricas para países mais pobres.Essas industrias, em geral, são as que necessitam de grande disponibilidade de matéria-prima e de fontes de energias, e de mão-de-obra barata e abundante. Por esses fatores, algumas nações subdesenvolvidas vêm se transformando em novos pólos industriais.

Fichamento Escola e Democracia de Dermeval Saviani



De acordo com estimativas relativas a 1970, cerca de 50% dos alunos das escolas primárias desertavam em condições de semi-analfabetismo ou de analfabetismo potencial na maioria dos países da América Latina”. Isto sem se levar em conta o contingente de crianças em idade escolar que sequer têm acesso à escola e que, portanto, já se encontram a priori marginalizadas dela. A Grosso modo, podemos dizer que, no que diz respeito à questão da marginalidade, as teorias educacionais podem ser classificadas em dois grupos. No primeiro grupo, temos aquelas teorias que entendem ser a educação um instrumento de equalização social, portanto, de superação da marginalidade. No segundo grupo, estão às teorias que entendem ser a educação um instrumento de discriminação social, logo, um fator de marginalização.
Ambos os grupos explicam a questão da marginalidade a partir de determinada maneira de entenderias relações entre educação, e sociedade. Assim, para o primeiro grupo a sociedade é concebida como essencialmente harmoniosa, tendendo à integração de seus membros. Já o segundo grupo de teorias concebe a sociedade como sendo essencialmente marcada pela divisão entre grupos ou classes antagônicos que se relacionam à base da força, a qual se manifesta fundamentalmente nas condições de produção da vida material. Denominarei as teorias do primeiro grupo de "teorias não-críticas" já que encaram a educação como autônoma e buscam compreendê-la a partir dela mesma. Inversamente, aquelas do segundo grupo são críticas uma vez que se empenham em compreender a educação remetendo-a sempre a seus condicionantes objetivos, isto é, aos determinantes sociais, vale dizer, à estrutura sócio-econômica que condiciona a forma de manifestação do fenômeno educativo.
Na pedagogia tradicional a escola surge como um antídoto à ignorância, logo, um instrumento para equacionar o problema da marginalidade. Seu papel é difundir a instrução, transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados logicamente. A escola se organiza, pois, como uma agência centrada no professor, o qual transmite, segundo uma gradação lógica, o acervo cultural aos alunos. A estes cabe assimilar os conhecimentos que lhes são transmitidos, as escolas eram organizadas na forma de classes, cada uma contando com um professor que expunha as lições que os alunos seguiam atentamente e aplicava os exercícios que os alunos deveriam realizar disciplinadamente. Portanto a referida escola, além de não conseguir realizar seu desiderato de universalização (nem todos nela ingressavam e mesmo os que ingressavam nem sempre eram bem sucedidos) ainda teve de curvar-se ante o fato de que nem todos os bem sucedidos se ajustavam ao tipo de sociedade que se queria consolidar. Começaram, então, a se avolumar as críticas a essa teoria da educação e a essa escola que passa a ser chamada de escola tradicional.
 A pedagogia nova, esta teoria mantinha a crença no poder da escola e em sua função de equalização social; ficou conhecida sob o nome de "escolanovismo". Tal movimento tem como ponto de partida a escola tradicional já implantada segundo as diretrizes consubstanciadas na teoria da educação que ficou conhecida como pedagogia tradicional. A pedagogia nova começa, pois, por efetuar  a crítica da pedagogia tradicional, esboçando uma nova maneira de interpretá-la educação e ensaiando implantá-la, primeiro através de experiências restritas,depois advogando sua generalização no âmbito dos sistemas escolares.Segundo essa nova teoria, a marginalidade deixa de ser vista predominantemente sob o ângulo da ignorância, isto é, o não domínio de conhecimentos. O marginalizado  já  não é, propriamente, o ignorante, mas o rejeitado; uma pedagogia que advoga um tratamento diferencial a partir da "descoberta" das diferenças individuais.
Nessa pedagogia a escola deveria agrupar os alunos segundo áreas de interesses decorrentes de sua atividade livre, o professor agiria como um estimulador e orientador da aprendizagem cuja iniciativa principal caberia aos próprios alunos. Tal aprendizagem seria uma decorrência espontânea do ambiente estimulante e da relação viva que se estabeleceria entre os alunos e entre estes e o professor. Para tanto, cada professor teria de trabalhar com pequenos grupos de alunos, sem o que a relação inter-pessoal, essência da atividade educativa, ficaria dificultada; e num ambiente estimulante, portanto, dotado de materiais didático ricos, biblioteca de classe etc. Em suma, a feição das escolas mudaria seu aspecto sombrio, disciplinado, silencioso e de paredes opacas, assumindo um ar alegre, movimentado, barulhento e multicolorido.
O tipo de escola acima descrito não conseguiu, entretanto alterar significativamente o panorama organizacional dos sistemas escolares. Isto porque, além de outras razões implicava em custos bem mais elevados do que a escola tradicional. Com isto, a "Escola Nova" organizou-se basicamente na forma de escolas experimentais ou como núcleos raros, muito bem equipados e circunscritos a pequenos grupos de elite. provocando o afrouxamento da disciplina e a despreocupação com a transmissão de conhecimentos, acabou por rebaixar o nível do ensino destinado às camadas populares as quais muito frequentemente têm na escola o único meio de acesso ao conhecimento elaborado. Em contrapartida, a "Escola Nova" aprimorou a qualidade do ensino destinado às elites. Vê-se, pois, que paradoxalmente, em lugar de resolver o problema da marginalidade, a "Escola Nova" o agravou.
Na pedagogia tecnicista, o elemento principal passa a ser a organização racional dos meios, ocupando professor e aluno posição secundaria, relegados que são à condição de executores de um processo cuja concepção, planejamento, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas supostamente habilitados, neutros, objetivos, imparciais. Para esta pedagogia a marginalidade não será identificada com a ignorância nem será detectada a partir do sentimento de rejeição. Marginalizado será o incompetente (no sentido técnico da palavra), isto é, o ineficiente e improdutivo. Sua base de sustentação teórica desloca-se para a psicologia behaviorista, a engenharia comportamental, a ergonomia, informática, cibernética, que têm em comum a inspiração filosófica neopositivista e o método funcionalista. Do ponto de vista pedagógico conclui-se, pois, que se para a pedagogia tradicional a questão central é aprender e para a pedagogia nova aprende a aprender, para a pedagogia tecnicista o que importa é aprender a fazer.
A pedagogia tecnicista acabou por contribuir para aumentar o caos no campo educativo gerando tal nível de descontinuidade, de heterogeneidade e de fragmentação, que praticamente inviabiliza o trabalho pedagógico. Com isto o problema da marginalidade só tendeu a se agravar: o conteúdo do ensino tornou-se ainda mais rarefeito e a relativa ampliação das vagas se tornou irrelevante em face dos altos índices de evasão e repetência.
As teorias crítico-reprodutivistas, são críticas, uma vez que postulam não ser possível compreender a educação senão a partir dos seus condicionantes sociais. Há, pois, nessas teorias uma cabal percepção da dependência da educação em relação à sociedade; as teorias que maior repercussão tiveram e que alcançaram um maior nível de elaboração são as seguintes: "Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica;Teoria da escola enquanto Aparelho ideológico de Estado (AIE);Teoria da escola dualista".
As teorias do sistema de ensino enquanto violência simbólica, desenvolvida na obra A Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino, de P. Bourdieu e J. C. Passeron (1975). Os autores tomam a violência simbólica como ponto de partida que toda e qualquer sociedade estrutura-se como um sistema de relações de força material entre grupos ou classes. Sobre a base da força material e sob sua determinação erige-se um sistema de relações de força simbólica cujo papel é reforçar, por dissimulação, as relações de força material. A violência simbólica se manifesta de múltiplas formas: a formação da opinião pública através dos meios de comunicação de massa, jornais etc.; a pregação religiosa; a atividade artística e literária; a propaganda e a moda; a educação familiar etc. De acordo com essa teoria, marginalizados são os grupos ou classes dominados. Marginalizados socialmente porque não possuem força material (capital econômico) e marginalizados culturalmente porque não possuem força simbólica (capital cultural). E a educação, longe de ser um fator de superação da marginalidade, constitui um elemento reforçador da mesma.
A teoria da escola enquanto Aparelho ideológico de Estado (AIE), deriva da tese segundo a qual "a ideologia tem uma existência material". Isto significa dizer que a ideologia existe sempre radicada em práticas materiais reguladas por rituais materiais definidos por instituições materiais. Em suma, a ideologia se materializa em aparelhos: os aparelhos ideológicos de Estado. O fenômeno da marginalização se inscreve no próprio seio das relações de produção capitalista que se funda na expropriação dos trabalhadores pelos capitalistas. Marginalizado é, pois, a classe trabalhadora.
Teoria da escola dualista essa teoria foi elaborada por C. Baudelot e R. Establet e exposta no livo L’école capitaliste en France (1971). Chamo de "teoria da escola dualista" porque os autores se empenham em mostrar que a escola, em que pese a aparência unitária e unificadora, é uma escola dividida em duas grandes redes, as quais correspondem à divisão da sociedade capitalista em duas classes fundamentais: a burguesia e o proletariado.Para essa teoria Enquanto aparelho ideológico, a escola cumpre duas funções básicas: contribui para a formação da força de trabalho e para a inculcação da ideologia burguesa. A escola é, pois, um aparelho ideológico, isto é, o aspecto ideológico é dominante e comanda o funcionamento do aparelho escolar em seu conjunto. Consequentemente, a função precípua da escola é a inculcação da ideologia burguesa. Isto e feito de duas formas concomitantes: em primeiro lugar, a inculcação explícita de ideologia burguesa; em segundo lugar, o recalcamento, a sujeição e o disfarce da ideologia proletária, ela admite a existência da ideologia do proletariado.
Considera, porém, que tal ideologia tem origem e existência fora da escola, isto é, nas massas operárias e em suas organizações. A escola é um aparelho ideológico da burguesia e a serviço de seus interesses; o papel da escola não é, então, o de simplesmente reforçar e legitimar a marginalidade que é produzida socialmente.A escola tem por missão impedir o desenvolvimento da ideologia do proletariado e a luta revolucionária. Para isso ela é organizada pela burguesia como um aparelho separado da produção.
Pode-se, pois, concluir que, se Baudelot e Establet se empenham em compreender a escola no quadro da luta de classes, eles não a encaram, porém, como palco e alvo da luta de classes. Com efeito, entendem que a escola, enquanto aparelho ideológico, é um instrumento da burguesia na luta ideológica contra o proletariado. Ás teorias crítico-reprodutivistas exerceu influência na América Latina tendo alimentado ao longo da década de 70 uma razoável quantidade de estudos críticos sobre o sistema de ensino. Se tais estudos tiveram o mérito de pôr em evidência o comprometimento da educação com os interesses dominantes também e certo que contribuíram para disseminar entre os educadores um clima de pessimismo e de desânimo que, evidentemente, só poderia tornar ainda mais remota a possibilidade de articular os sistemas de ensino com os esforços de superação do problema da marginalidade nos países da região.
As teorias crítico-reprodutivistas não contém uma proposta pedagógica. Elas se empenham tão-somente em explicar o mecanismo de funcionamento da escola tal como está constituída. Em relação à questão da marginalidade ficamos, pois, com o seguinte resultado: enquanto as teorias não-críticas pretendem ingenuamente resolver o problema da marginalidade através da escola sem jamais conseguir êxito, as teorias crítico-reprodutivistas explicam a razão do Suposto fracasso. Com efeito, sendo um instrumento de reprodução das relações de produção a escola na sociedade capitalista necessariamente reproduz a dominação e exploração. Daí, seu caráter segregador e marginalizados daí, sua natureza seletiva. A impressão que nos fica é que se passou de um poder ilusório para a impotência.
Demerval não considera a educação compensatória uma teoria educacional seja no sentido de uma interpretação do fenômeno educativo que acarreta determinada proposta pedagógica (como ocorre com as teorias não-críticas), seja no sentido de explicitar os mecanismos que regem a organização e funcionamento da educação explicando, em conseqüência, as suas funções (como no caso das teorias crítico-reprodutivistas) seja, ainda, no sentido de um esforço para equacionar, pela via da compreensão teórica, a questão prática da contribuição específica da educação no processo de transformação estrutural da sociedade. Para ele a educação compensatória configura uma resposta não-crítica às dificuldades educacionais postas em evidência pelas teorias crítico-reprodutivistas. A educação compensatória compreende um conjunto de programas destinados a compensar deficiências de diferentes ordens: de saúde e nutrição, familiares, emotivas, cognitivas, motoras, lingüísticas etc. Tais programas acabam colocando sob a responsabilidade da educação uma série de problemas que não são especificamente educacionais, o que significa, na verdade, a persistência da crença ingênua no poder redentor da educação em relação à sociedade.
Os métodos tradicionais são remetidos para a Idade Média, e, portanto, para um caráter pré-científico, e mesmo anticientífico, ou seja, dogmático. Ora, no entanto, essa crença que a Escola Nova propaga é uma crença totalmente falsa. Com efeito, o chamado ensino tradicional não é pré-científico e muito menos medieval. Esse ensino tradicional que ainda predomina hoje nas escolas se constituiu após a revolução industrial e se implantou nos chamados sistemas nacionais de ensino, configurando amplas redes oficiais, criadas a partir de meados do século passado, no momento em que, consolidado o poder burguês, aciona-se a escola redentora da humanidade, universal, gratuita e obrigatória como um instrumento de consolidação da ordem democrática; o movimento da Escola Nova fez foi tentar articular o ensino com o processo de desenvolvimento da ciência,ou seja, ela acabou por dissolver a diferença entre pesquisa e ensino, sem se dar conta de que, assim fazendo, ao mesmo tempo que o ensino era empobrecido, se inviabilizava também a pesquisa.
Quanto ao apêndice, relativo à "teoria da curvatura da vara",o autor faz um comentário rápido e encerro. Na verdade enfatiza a tendência corrente, decorre da consideração de que, na tendência corrente, a vara está torta; está torta para o lado da pedagogia da existência, para o lado dos movimentos da Escola Nova. E é nesse sentido que o raciocínio habitual tende a ser o seguinte: as pedagogias novas são portadoras de todas as virtudes, enquanto que a pedagogia tradicional é portadora de todos os defeitos e de nenhuma virtude. O que se evidencia através de minhas teses é justamente o inverso.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses   sobre a educação política.4ed.Campinas.SP.Autores Associados.2008( Coleção Polemica do nosso tempo: vol.5)

Analise do filme O capitalismo: uma historia de amor


Sobre o filme
Capitalismo: Uma História de Amor, é como o título indica, uma história de amor que começou de forma inocente, acabando na tragédia mais clássica: mentiras, abuso, traição, o que levou ao estado atual da economia principalmente nos E.U.A., e ao desinteresse pelo povo, entorpecido, manipulado, tornando as suas vidas dependentes e cada vez mais miseráveis por um sistema corrompido pela maior margem de lucro.
O polêmico documentarista norte-americano Michel Moore no  filme, investiga furiosamente contra o sistema financeiro, banqueiros, corretores e contra as práticas parasitárias dos especuladores que levaram os EUA a maior crise econômica desde o Crack de 1929. Para entender as origens do colapso da economia, o diretor conversa com pais de família afundados em hipotecas, questiona congressistas, persegue executivos das grandes corporações em Wall Street e, com seu estilo rocambolesco e o humor cáustico de sempre, até tenta dar voz de prisão aos diretores da empresa de seguros AIG, a primeira gigante a cair em 2008, lesando milhares de investidores.
Como de costume, Moore entra em cena realizando uma espécie de happening sociopolítico pelas ruas, a fim de constranger representantes bancários e autoridades. É hilária a sequência em que ele tenta entrar em instituições financeiras operando um carro-forte, a fim de exigir o dinheiro que especulações indevidas e a inflação tomaram da população. Mais engraçada é sua luta para demarcar com uma fita amarela - de uso da polícia, na qual se lê "Cena do crime. Não ultrapasse" - quarteirões com bancos e outras empresas responsáveis por legislar sobre a renda de uma América que, segundo ele, "dá vergonha".
Moore, no seu filme esquadrinha todas as contradições de uma filosofia baseada na caça ao lucro. Ele consegue focar bem as problemáticas que o sistema capitalista trouxe aos E.U.A., bem como as consequências para o resto do mundo, tendo em conta o grande poderio económico norte americano. Nas cenas e possível observar flagrantes quanto a postura do Estado americano no tratamento dos cidadãos que tiveram suas contas bancarias baleadas pela crise econômica, as expropriações de casas por parte de. bancos obrigados a executar hipoteca de moradores incapazes de de arcar com suas despesas residenciais. Entre os desapropriados está uma família que conta com o apoio de sua comunidade para não ser despejada pela policia.  Inteligentemente, Moore identifica todos os personagens desta história, dando o papel de vilão e o papel de herói às entidades que assim considera merecedoras do titulo, como forma de interagir com o espectador. Por essas razoes e tantas outras que Moore nunca se livrará do rótulo de manipulador, pretensioso, ou sensacionalista, é um fato.
Como indivíduos com vontade e pensamento próprio, simplesmente temos de analisar este filme de acordo com as nossas crenças pessoais, as nossas convicções, e a forma como os valores nos foram incutidos. Concordar ou não com o que Moore pretende com este filme, não pode ser considerado correto ou incorreto. Não podemos sequer aplicar valores morais ou éticos de qualquer espécie relativamente à nossa opinião do que é visto. O capitalismo para uma imensidão de pessoas continua a ser algo que funciona, assim como o socialismo, o comunismo, e muitos outros ‘ismos’. Cabe-nos a nós interpretar, e só aí, concluir as repercussões que algo tem na sociedade global. O que Moore nos mostra na sua viagem são os lucros de entidades corporativas em detrimento da pobreza e da humilhação do povo. Promessas são feitas, lavagens cerebrais através de campanhas politicas, e inclusivamente a subversão através de elementos tão inatos e pré-históricos como o medo.

Relação com a Geografia
Em 2008 ocorreu o colapso do sistema financeiro americano. Onde, a falha de regulação do estado que gerou um terreno fértil para que as operações do sistema financeiro se tornassem ainda mais complexa, dando carta branca para as grandes corporações, especialmente os bancos, que aumentaram sua fortuna.
Assim a presença do capitalismo financeiro é notado a partir do momento que corretores imobiliários vendiam as casas de pessoas comuns, que não tinham condições de pagá-las, pois estavam hipotecadas e com custos muito altos, sendo as mesmas expulsas, não tendo onde se instalarem. Estes corretores lucravam com a venda dessas casas e consequentemente com os sistemas bancários e financeiros são os que mais lucram e acumulam capitais dentro desses contexto econômico atual.
Portanto o filme permeia aspectos geográficos como: politico, social e principalmente econômico.

Relação com a Filosófia
O autor faz uma reflexão crítica sobre os conflitos existentes nos Estados Unidos ocasionados pela desigualdade sócio-econômica que permeia no sistema econômico vigente. Mostrando a realidade dessas pessoas comuns, que foram expulsas de sua próprias casas como bandidos e passaram a sentir na pele a crueldade do sistema capitalista, enquanto os bancos e empresas que quebraram receberam ajudas bilionárias do governo, as quais foram usadas na maioria dos casos para pagar polpudos bônus a seus executivos. Portanto o autor procura romper com a alienação que existe no sistema desmitificando e mostrando sua verdadeira essência.

Realidades e perspectivas do ensino de Geografia no Brasil


VESENTINI,José William. Realidades e perspectivas do ensino de Geografia no Brasil, In: VESENTINI,José William (Org). O Ensino de Geografia no século XXI. Campinas, SP: Papiros. 2004. (Coleções Papirus  Educação ),p. 219-248.

O texto trata sobre o sistema de ensino e as perspectivas no ensino de geografia no Brasil, na atualidade. O autor ressalta importantes pontos nos faz refletir sobre o papel do ensino de Geografia e da própria ciência geográfica, pois o texto, também aponta elementos críticos que fazem refletir quanto à atualidade e as projeções desta ciência no cotidiano e .O autor afirma que com o advento da terceira Revolução industrial, o sistema de ensino tem que se adequar à nova realidade técnica e profissional, a Geografia escolar nesse mesmo período passa novamente por uma crise, já que ela é questionada pela sociedade referente a seu verdadeiro papel, utilidade, precisando ela redefinir-se e mostrar suas contribuições para entender as relações problemáticas entre a sociedade e a natureza em todas a escolas geográficas, afim de que a ciência não corra o risco de deixar de existir. Eis que surge a Geografia critica para atender essa necessidade, causando o dês consenso entre os geógrafos quanto aos conteúdos, o papel, os objetivos e estratégias de ensino desta ciência; fazendo a Geografia escolar a viver momentos rico e complexo com intensas pluralidade de caminhos, coincidindo com as profundas redefinições no sistema de ensino escolar. Ou seja,  o ensino desta ciência vive um dilema quanto ao método ao método de abordagem: entre o tradicionalismo enciclopédico e a Geografia critica, que leva os alunos a pensar, refletir sobre diferentes aspectos, partindo da realidade do educando e dos problemas de sua época e lugar.
   Quanto a realidade vigente nas escolas brasileiras, é exatamente precária, pois além dos problemas de baixo salário, elevados números de aulas, o excesso de alunos por sala e a falta de equipamentos. No caso do ensino de geografia ainda há o preconceito contra a disciplina  alem de enfrentar uma enorme dificuldade para operacionalizar os estudos do ensino que são importantíssimo na sua pratica educativa, além da formação de professores que é frequentemente  problemática, os professores dispõem de pouco tempo para preparar suas aulas e isso justifica o fato do tradicionalismo ser ainda predominante nas escolas de nível médio e fundamental. Outro aspecto da realidade do ensino consiste na forma como e elaborada os guias ou propostas curriculares que normalmente são impostos e cima para baixo, elaborados por professores universitários que muitas vezes tem pouca ou nenhuma experiência com o ensino fundamental, isso permite evidenciar a total falta de percepção quanto a utilidade desta ciência para a vida do individuo.  Vesentini ainda neste capítulo critica os grandes sistemas escolares, privados, presentes em todo o pais, quanto a sua forma de abordagem no ensino, que segundo ele tem sido um problema para o ensino não só de Geografia mas das demais ciências, já que seus idealizadores e praticantes não estão  preocupados em desenvolver habilidades cognitivas que servirão não apenas para  o crescimento profissional ,mas na atuação de cidadão perante a sociedade pois o repassar conteúdo é o principal interesses desses sistemas denominadas pelo autor conteudista.Observa-se que é a realidade do ensino não Brasil precisar rever as suas políticas educacionais para que assim a geografia, demais ciência e a educação como todo possa ser valorizadas  e o pais possa se desenvolver na educação e na economia.

PARA QUE FILOSOFIA?


        O ser humano está,cotidianamente, sujeito a vivenciar situaçõesem que os levar a ter comportamentos filosóficos ou não, visto que constantemente fazem  perguntas simples, questionamentos este, que contém silenciosamente  varias crenças, nunca questionadas por nos, pois parecem ser naturais, obvias cremos no espaço,no tempo, na realidade, na qualidade,na quantidade, na verdade, na diferença entre a realidade e sonho ou loucura, entre verdade ou mentira; na objetividade e na diferença entre ela e a subjetividade, na existência da  vontade, da liberdade, do bem e do mal, da moral, da sociedade; essa maneira de aceitar com se tudo fosse natural, nos leva a ter atitudes não filosóficas.
      Mas a partir do momento que passamos a questionar sobre as nossas crenças na sua essência, passamos a ter de certa forma  atitudes filosóficas, pois passa a se ter uma visão que nos leva a reflexões e a um certo distanciamento da vida cotidiana e de si mesmo, tornando-nos desejosos a conhecer o porque que cremos no que cremos.
A atitude filosófica possui características negativas, dizendo não ao pré-conceito ao senso comum, aos fatos, as ideias da experiência cotidiana, ao que todo mundodiz e pensa; a segunda característica  da atitude filosofia é  positiva, isto é, as interrogações referentes o que é? Porque é?Comoé?,sendo essas indagações ,fundamentos da atitude filosofia. Essas faces : negativa e positiva constituem o que é chamado de atitude critica e pensamento critico. Com isso pode se dizer que filosofia e a decisão de não aceitar como obvias e evidente as coisas, as ideias, as situações, os fatos, os valores, os comportamentos da nossa vida cotidiana sem antes havê-los investigado e compreendido.
         Para que filosofia? Para o senso comum a filosofia não serve para nada, seria ela apenas a arte do bem-viver, teria como finalidade de ensinar-nos a virtude, visto que, ela não possui nenhuma relação com a ciência e a técnica. Porem para as ciências, uso da filosofia e de fundamental importância,pois assim como ela, a ciência busca o conhecimento verdadeiro por meio de procedimento rigorosos de pensamento, agindo sobre a realidade.
          Reflexão filosófica é um movimento de volta do pensamento sobre si, para conhecer a si mesmo, para indagar as possibilidades do próprio pensamento. A reflexão filosófica busca indagar: Porque?, O que?, Para que? Dirigindo o pensamento para a reflexão. São perguntas sobre capacidade e a finalidade humana para conhecer a agir.
       Filosofia consiste num pensamento sistemático por que ela e dinâmica e não se contenta em obter resposta para as questões colocadas, mas exige que as próprias questões sejam validas e em segundo lugar, que as resposta sejam verdadeiras estejam relacionadas entre si, esclareçam umas as outras, formem conjuntos coerentes de ideias e significações, sejam provadas e demonstradas racionalmente.
Mas ao se buscaruma definição da filosofia, constata-se quenão existe apenas uma definição, além de varias elas parecem se contradizer. Mas existemquatro indagações gerais  do que seria  a filosofia : visão de mundo, sabedoria de vida, Esforço racional para  conceder o universo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido, e por ultimo, fundamentação critica e teórica dos conhecimentos e das praticas.

Obs. o texto consiste no resumo de uma capitulo de um livro  de autor não identificado a referencia durante a postagem do mesmo aqui...Portanto espero que o mesmo  o ajude...


sábado, 12 de maio de 2012

Algumas Instituições criadas pelo estado que ainda vigoram no Nordeste



Preocupado com os problemas Nordestinos, o governo criou órgão como a SUDENE, o DNOCS e projetos como o da reforma agrária e o sertanejo, com a finalidade de desenvolver a agricultura, a pecuária e a indústria do nordeste.


SUDENE - Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste
A Sudene tem como finalidade promover o desenvolvimento includente e sustentável de sua área de atuação e a integração competitiva da base produtiva regional na economia nacional e internacional.
Até hoje a Sudene não obteve os resultados esperados. Criou-se a expressão “indústria da seca” para justificar a existência do órgão e da promoção de muitos políticos.
Seu principal objetivo era encontrar soluções que permitissem a progressiva diminuição das desigualdades verificadas entre as regiões geoeconômicas do Brasil


DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra a Seca

É um órgão do governo federal, vinculado ao Ministério da Integração Nacional e com a sede da administração central em Fortaleza. Se constitui na mais antiga instituição federal com atuação no Nordeste. Criado sob o nome de Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS)
Dispõe a sua legislação básica tem por finalidade executar políticas do Governo Federal, no que se refere a beneficiamento de áreas e obras de proteção contra as secas e inundações, irrigação, radicação da população em comunidades de irrigantes e subsidiariamente, outros assuntos que lhe seja cometidos pelo Governo Federal, nos campos do saneamento básico, assistência às populações atingidas por calamidades públicas e cooperação com os Municípios, possuindo grande atuação no semi-árido do Nordeste e norte de Minas Gerais.
O DNOCS realizou a construção de mais de 300 açudes públicos de médio e grande porte em toda a região semi-árida brasileira durante seus 100 anos de existência. Os açudes têm a função de estocar a água acumulada durante os períodos de chuvas para que possa ser utilizada nos períodos secos, em virtude da característica inerente ao clima semi-árido de possuir distribuição irregular de chuvas ao longo de um mesmo ano, e grandes flutuações no volume de precipitação de um ano para outro.
Além da construção de açudes, o DNOCS atua em diversas outras áreas, como a perfuração de poços artesianos e o fomento à piscicultura, este último sendo um ramo ao qual o órgão tem dedicado bastante atenção nas últimas décadas.


 BNB – Banco do Nordeste do Brasil
uma instituição bancária de propriedade da União (governo federal brasileiro). É um banco de desenvolvimento e sua finalidade é promover o desenvolvimento sustentável da região Nordeste do Brasil através da capacitação técnica e financeira dos agentes produtivos regionais.
 É responsável pelo maior programa de microcrédito produtivo orientado da América do Sul, o CrediAmigo, cuja metodologia de formação de grupos solidários dispensa apresentação de garantias.
O BNB opera como órgão executor de políticas públicas, cabendo-lhe a operacionalização de programas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) e a administração do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal fonte de recursos operacionalizada pela Empresa.
O BNB exerce trabalho de atração de investimentos, apóia a realização de estudos e pesquisas com recursos não-reembolsáveis e estrutura o desenvolvimento por meio de projetos de grande impacto.