sexta-feira, 6 de julho de 2012

Realidades e perspectivas do ensino de Geografia no Brasil


VESENTINI,José William. Realidades e perspectivas do ensino de Geografia no Brasil, In: VESENTINI,José William (Org). O Ensino de Geografia no século XXI. Campinas, SP: Papiros. 2004. (Coleções Papirus  Educação ),p. 219-248.

O texto trata sobre o sistema de ensino e as perspectivas no ensino de geografia no Brasil, na atualidade. O autor ressalta importantes pontos nos faz refletir sobre o papel do ensino de Geografia e da própria ciência geográfica, pois o texto, também aponta elementos críticos que fazem refletir quanto à atualidade e as projeções desta ciência no cotidiano e .O autor afirma que com o advento da terceira Revolução industrial, o sistema de ensino tem que se adequar à nova realidade técnica e profissional, a Geografia escolar nesse mesmo período passa novamente por uma crise, já que ela é questionada pela sociedade referente a seu verdadeiro papel, utilidade, precisando ela redefinir-se e mostrar suas contribuições para entender as relações problemáticas entre a sociedade e a natureza em todas a escolas geográficas, afim de que a ciência não corra o risco de deixar de existir. Eis que surge a Geografia critica para atender essa necessidade, causando o dês consenso entre os geógrafos quanto aos conteúdos, o papel, os objetivos e estratégias de ensino desta ciência; fazendo a Geografia escolar a viver momentos rico e complexo com intensas pluralidade de caminhos, coincidindo com as profundas redefinições no sistema de ensino escolar. Ou seja,  o ensino desta ciência vive um dilema quanto ao método ao método de abordagem: entre o tradicionalismo enciclopédico e a Geografia critica, que leva os alunos a pensar, refletir sobre diferentes aspectos, partindo da realidade do educando e dos problemas de sua época e lugar.
   Quanto a realidade vigente nas escolas brasileiras, é exatamente precária, pois além dos problemas de baixo salário, elevados números de aulas, o excesso de alunos por sala e a falta de equipamentos. No caso do ensino de geografia ainda há o preconceito contra a disciplina  alem de enfrentar uma enorme dificuldade para operacionalizar os estudos do ensino que são importantíssimo na sua pratica educativa, além da formação de professores que é frequentemente  problemática, os professores dispõem de pouco tempo para preparar suas aulas e isso justifica o fato do tradicionalismo ser ainda predominante nas escolas de nível médio e fundamental. Outro aspecto da realidade do ensino consiste na forma como e elaborada os guias ou propostas curriculares que normalmente são impostos e cima para baixo, elaborados por professores universitários que muitas vezes tem pouca ou nenhuma experiência com o ensino fundamental, isso permite evidenciar a total falta de percepção quanto a utilidade desta ciência para a vida do individuo.  Vesentini ainda neste capítulo critica os grandes sistemas escolares, privados, presentes em todo o pais, quanto a sua forma de abordagem no ensino, que segundo ele tem sido um problema para o ensino não só de Geografia mas das demais ciências, já que seus idealizadores e praticantes não estão  preocupados em desenvolver habilidades cognitivas que servirão não apenas para  o crescimento profissional ,mas na atuação de cidadão perante a sociedade pois o repassar conteúdo é o principal interesses desses sistemas denominadas pelo autor conteudista.Observa-se que é a realidade do ensino não Brasil precisar rever as suas políticas educacionais para que assim a geografia, demais ciência e a educação como todo possa ser valorizadas  e o pais possa se desenvolver na educação e na economia.

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